Veja as vantagens e desvantagens do fim da obrigatoriedade do exame toxicológico para caminhoneiros

Veja as vantagens e desvantagens do fim da obrigatoriedade do exame toxicológico para caminhoneiros

11 de outubro de 2019

Se você teve tempo para acompanhar as notícias mais atuais, já deve saber que existe uma proposta para acabar com a obrigatoriedade do exame toxicológico para caminhoneiros. Se você ainda não sabe, está tudo bem! Aqui vamos te informar sobre tudo.

 

Assim como todas as discussões, existem pessoas a favor e contra a pauta, incluindo os especialistas. Para que você reflita sobre o assunto e forme a sua própria opinião, vamos te apresentar as vantagens e desvantagens da proposta. Leia o texto até o final para conseguir debater melhor com seus irmãos de estrada esta situação.

 

Exame toxicológico: o que é

É claro que você já ouviu falar sobre a Lei do Caminhoneiro (ou do Motorista), não é mesmo? A Lei nº 13.103 está vigente desde 2015, em todo o país. A obrigatoriedade do exame está prevista em seu texto.

O exame é solicitado para obtenção, alteração e renovação da CNH. E também para admissão e desligamento de motoristas da categoria C, D e E, contratados com a carteira assinada.

Mas, afinal, para que ele serve? O teste é utilizado para detectar substâncias como maconha, cocaína, anfetaminas e outras drogas. Não é detectável o uso de remédios antidepressivos, calmantes e energéticos.

 

Exame toxicológico: como é feito

Por ser um exame destinado aos motoristas, o teste só pode ser realizado em clínicas autorizadas pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN). A regra serve para evitar possíveis fraudes e impedir que o caminhoneiro não faça o procedimento em lugares não confiáveis.

Para quem tem medo de agulhas, a boa notícia é que o instrumento não é utilizado no exame. Na realidade, não é possível sentir dor com o teste, pois o exame é feito a partir de uma amostra do cabelo ou do pelo.

Por meio do material coletado, o laboratório fará uma análise para apontar as substâncias presentes no paciente. Isso é possível porque a queratina do cabelo está ligada a corrente sanguínea e tudo que está presente nela.

 

Fim da obrigatoriedade: vantagens e desvantagens

Bom, agora que entendemos melhor o que é o exame toxicológico e de onde ele surgiu, está na hora entender qual impacto do seu possível fim. Já dizia o ditado: toda moeda tem duas faces. Então, vamos distribuir quais são elas?

Vantagens

  • Facilidade para conseguir a carteira de motorista, mudar de categoria ou renovar o documento: este ponto é a principal vantagem para quem é a favor do fim da obrigatoriedade do procedimento.

Quem já é habilitado sabe que até chegar esse momento, são muitos processos. Não ter que fazer o exame pode facilitar a vida dos profissionais na hora de serem contratados, afinal, é um passo a menos.

  • Menos despesas: ser caminhoneiro (em especial autônomo) envolve diversos gastos, incluindo os exames toxicológicos. Isso mesmo que você leu! Em qualquer uma das situações em que o teste é solicitado, quem arca com os custos é o próprio motorista.

Por isso, o fim da obrigatoriedade pode trazer um alívio financeiro para os profissionais de transporte.

Desvantagens

  • Aumento do preço de seguros: de acordo com especialistas, a falta do exame pode significar mais riscos nas estradas, por consequência o valor cobrado por seguradoras aumentará.

A cobrança está relacionado ao risco potencial de acidentes. E é exatamente essa a segunda desvantagem da proposta.

  • Aumento de acidentes nas rodovias: também de acordo com especialistas, o exame evita que motoristas façam uso de drogas enquanto trabalham. Sem a obrigatoriedade do teste a situação pode mudar.

 

Conclusão

Ficou nítido que existem prós e contras em relação a proposta, não é mesmo? Em resumo, as pessoas preferem que os motoristas não sejam obrigados a passar pelo procedimento apontam que ele não é tão confiável, com margem para erro. Além disso, para muitos não existe um controle das clínicas que realizam os exames.

Já as pessoas que são contrárias à proposta, argumentam que o número de acidentes na estrada aumentará sem o exame. Por consequência, a vida de muitas pessoas seriam colocadas em risco.

De acordo com dados da Polícia Federal Rodoviária, o número de motoristas de caminhões e ônibus que utilizavam drogas caiu 60% desde que a lei foi implementada.

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